Friday, September 17, 2010

Suzuki intruder

Suzuki Intruder revela itens muito interessantes

Em 2009, segundo a Abraciclo, foram vendidas 1.579.197 motocicletas no Brasil, das quais 84%, ou 1.326.000, no segmento de 101 a 150cc, as chamadas populares. Com 13.962 unidades comercializadas, 0,9% do total, a Suzuki Intruder ficou distante da líder, a CG Fan, com 382.027. Porém, apareceu bem cotada na preferência daqueles que procuravam, ou ainda procuram, por uma motocicleta barata (R$ 5.375 à vista, no site da montadora), econômica (faz cerca de 30 km com um litro), com design diferente (é a única da categoria com um quê de "estradeiro", o que permite até mesmo um encosto para o banco) e não tão visada por ladrões, problema de segurança pública que, infelizmente, precisa ser levado em conta numa cidade como São Paulo. Fazer um seguro total da Intruder é barato, cerca de R$ 200 por ano.


O motor de 125 cc (com 13 cv de potência), com partida elétrica, monocilíndrico, com refrigeração a ar e movido a gasolina, é compatível com os oferecidos pelos concorrentes, lembre-se de retirar desta conta os de 150cc. Contudo, não adianta esperar dele mais do que um propulsor destinado exclusivamente à cidade e para transportar, de preferência, um só passageiro. Com meus 80 kg, dificilmente cheguei aos 90 km/h na 5ª marcha. Esgoelando, poderia vencê-los, mas não acho que seja a maneira indicada para se andar diariamente, ao menos para quem deseja preservar a moto em ordem durante anos. E também não se precisa de mais do que isso em vias urbanas, seu habitát natural. Convém lembrar que a moto do teste ainda está sendo amaciada. Os números podem evoluir com o passar do tempo. Mas não creio que evoluam tanto.


O painel, com hodômetro, velocímetro e conta-giros, vem com um item importante para quem é piloto novo, o indicador de marchas, presente também na Yes, mas substituível, se fosse o caso de escolher um ou outro, por um marcador de combustível, acessório que faz muita falta na Intruder. Afinal, chacoalhar o tanque ou contar com a memória para lembrar-se do último abastecimento pode levá-lo a precisar de um guincho, sem falar no susto. Aliás, por conta disso, a posição reserva da torneira é praticamente um enfeite. Se lembrar da última parada no posto já é difícil, que dirá fazer o cálculo para mudar a chave. Impensável. Outro detalhe que atrapalha é o antiquado botão de pisca. Esquecê-lo na última posição é fácil, por conta da chateação de colocá-lo de volta no lugar em movimento. Um modelo como o utilizado na NXR Bros, em que um simples clique o desativa após a curva, faria uma grande diferença e não acrescentaria basicamente nada ao custo final.


O jogo de ferramentas, que vem de série e fica num estojo entre o motor e a roda traseira, pode ser de grande valia para quem possui algum conhecimento básico de mecânica e precisa de ajustes mínimos, como regular o tensor da corrente ou trocar um pneu. Mas isto não exclui a necessidade das revisões que, além de serem obrigatórias para manter a garantia e assegurar um andar tranquilo, contam muito na hora da revenda.

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